Em termos históricos, António Rodrigues, Joaquim Santos, Joaquim Moutinho, José Miguel, Carlos Bica e Fernando Peres, que figuram na galeria dos melhores de sempre, têm o seu nome escrito no palmarés de uma prova mítica com classificativas de asfalto. Nos últimos dois anos, já com o CAMI Motosport empenhado em recolocar o Alto Tâmega na alta roda dos ralis, Luís Delgado e Vítor Pascoal foram quem fez a festa no final.
Os condicionalismos ditados pela pandemia da Covid-19 a partir do último mês de Março, com reflexos evidentes na estrutura inicial do calendário do Campeonato de Portugal de Ralis, levaram o CAMI Motorsport, em sintonia com a Federação Portuguesa de Automobilismo e Karting (FPAK), a antecipar em uma semana a data da prova transmontana. Mas não só, já que ainda na fase de quarentena e na preparação para a retoma os ralis, pilotos e FPAK acordaram a necessidade de reduzir a quilometragem das provas.
Apesar de tudo, a estrutura deste Rali Alto Tâmega, com duas classificativas na tarde de sábado e as restantes quatro no domingo, com pouco mais de um total de 100 km ao cronómetro, promete reunir ingredientes para proporcionar um elevado nível competitivo. Aliás, entre as várias particularidades históricas deste rali, uma delas está relacionada com as diferenças mais curtas de sempre no campeonato entre os dois primeiros classificados. Se na edição de 1987 Joaquim Santos venceu por 2 segundos, em 1992 Fernando Peres fê-lo por… 1 segundo!
Distâncias à parte… o rali de 2020 exigirá, para salvaguardar não apenas a saúde de todos os intervenientes e não só, mas também o futuro deste desporto, o escrupuloso cumprimento das regras de segurança recomendadas pela Direção Geral de Saúde. E o CAMI Motorsport, na defesa dessa nova ordem, não se poupará a esforços para que todos se sintam confortáveis e seguros na bela região do Alto Tâmega.